Sim! Finalmente... No post sobre tecnologia de portais eu disse que em breve teríamos um post sobre teletransporte, e aqui esta. Uma forma interessante que encontrei para começar a desenvolver o assunto é apresentando as diferenças entre o conceito de portal e o de teletransporte. Apesar de a primeira vista parecer conceitos iguais, em termos físicos são coisas bem diferentes. A principal diferença consiste no fato de que portais são estruturas localizadas e fixas numa região e que funcionam como "portas" que fornecem passagens para outras regiões. Enquanto que o teletransporte é uma forma de se mover instantaneamente para outro local, sem que para isso seja necessário atravessar uma "porta". ![]() Nós vimos em tecnologia de portais que a construção de um portal seria possível se de alguma forma tivéssemos o controle da estrutura do espaço-tempo, curvando-o, esticando-o e ligando ele a si mesmo em regiões diferentes do tecido do espaço-tempo. Um teletransporte não precisa necessariamente disso, isso porque uma das principais formas de construir um teletransporte é codificando a estrutura a ser teletransportada, de tal forma a enviar esta informação para outro local, seja por exemplo, através de um super computador capaz de reconstruir a estrutura original. Vamos entender melhor... Uma forma de desenvolver o teletransporte, pelo menos o teletransporte de informações, é usando um fenômeno físico conhecido como emaranhamento ou entrelaçamento quântico, cujas pesquisas já nos trouxe muitos resultados interessantes. O entrelaçamento quântico surge quando duas partículas sub atômicas são criadas juntas em algum processo de interação, como quando é incidido um feixe de radiação em um material sólido, criando um par de partículas entrelaçadas. Essas partículas se comportam de tal forma que, quando as propriedades quânticas de uma são alteradas, a outra responde instantaneamente as mudanças...repito, instantaneamente! Essa resposta instantânea acontece mesmo que as partículas estejam separas por uma distância muito grande como por exemplo situadas em galáxias diferentes ou até mesmo cada uma em um canto do universo. Esse fenômeno é totalmente fora de sentido. Até mesmo o próprio Einstein achou absurdo dizendo que a causa do entrelaçamento quântico seria uma força fantasmagórica a distância. Então, esse conceito pode ser usado para teletransportar informações codificadas usando por exemplo uma super máquina que tem como base de funcionamento o entrelaçamento quântico. ![]() Vamos supor que queiramos transportar uma maça e dispomos de uma máquina capaz de reconhecer uma estrutura física qualquer com precisão atômica. Nossa máquina codifica a maça num ponto A, em São Paulo por exemplo, ao mesmo tempo que desintegra toda sua forma separando células, moléculas e átomos, enviando todas as informações da estrutura da maça para um terminal B da máquina localizado no Rio de Janeiro. Quando as informações chegam em B, a maquina reconhece as informações codificadas e remonta toda a estrutura da maça usando para isso um conjunto completo de substâncias estocadas. E voalá, a maça foi teletransportada. Dai você fala: -Espere! Isso não é bem um teletransporte. Você apenas clonou a maça e destruiu a original. Okay, é verdade, mas tudo se passa como se a maça fosse teletransportada. E essa forma de teletransporte é a mais próxima que a tecnologia atual esta para alcançar. Em um futuro não tão muito longe, poderemos por exemplo enviar objetos via e-mail. Imagine chegar no trabalho, entrar na sua conta do gmail e ver que sua mãe te enviou uma mensagem com o seu casaco em anexo, dizendo que você tinha esquecido ele em casa. Será que o download demoraria muito? Mas seria viável usar essa máquina de teletransporte em humanos ou em outros animais? Definitivamente não! Isso porque por mais perfeita que seja a copia no terminal de saída da maquina, a copia não seria o mesmo que o animal teletransportado. Vamos entender isso melhor... ![]() Vamos supor que Fulano entra na maquina. Seus órgãos, células, moléculas e toda a sua estrutura é desmontada e codificada. Fulano então morre, deixa de existir como ser vivo e pensante. No instante seguinte as informações de seu corpo são enviadas para o terminal de reconstrução e chegam la instantaneamente devido aquela parada quântica. A maquina, usando as substâncias disponíveis no estoque, reconstrói todo o corpo de Fulano, átomo por átomo, sem nenhuma diferença, mesmas lembranças, mesma personalidade, mesmas cicatrizes, tudo igualzinho. Dai Fulano acorda e diz: Incrível, fui teletransportado! Funciona mesmo! Mas todos nós sabemos que o verdadeiro Fulano morreu e que este novo fulano é na verdade um Ciclano, copia perfeita de Fulano, e que ele esta convicto de que seja o Fulano original. Aliás, não há motivo para ele pensar o contrário. É por isso que eu nunca entraria numa máquina dessas. Tem um outro motivo muito convincente que reforça o meu temor de entrar numa câmera de teletransporte. Vai que entra uma mosca e... . . . . . . . . . . . . . . Recombinando DNA! . . . . . . . . . . . 20% . . . . . . . . . 40% . . . . . . 60% . . . . . . . 80% . . . . . . Reconstrução do DNA concluída! . . . . . . . . . . . . . Postado por C. Justino
1 Comment
joao
1/2/2014 01:54:05 am
bom
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AutoresCleber Justino ciência
All
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